No Borborema, nossa Garanhuns
Eleva-se a altitudes imponentes
De suas colinas, belos acidentes,
Dantes morada de guarás e anuns.
Ante meus olhos, neste verde agreste,
De branca neve Garanhuns se enfeita.
É a névoa, ora densa, ora rarefeita,
Que se harmoniza com o azul celeste,
Dentre a névoa o Sinai desaparece
E quando diante aos meus olhos se aviva,
Quedo pasmo! d'alma contemplativa,
Ante o sol que sutilmente me aquece.
Pasmo, a minha vista avista a Boa Vista
E o que vejo no cume do Ipiranga.
É o pano pátrio que se agita de zanga,
clamando aos céus uma nação altruísta.
Simoa! a beleza de tua geografia:
Colinas, fontes, parques, avenidas,
Recantos, ruas e praças floridas
Dão aos meus versos ritmo e melodia.
No enlevo desta paragem magana,
Contemplo Garanhuns dos meus amores,
Cidade Jardim de encantadas flores,
De lindas mulheres de tez ariana.
De Garanhuns quero o perfume das flores,
Quero a brisa acariciando meu rosto,
O sol de fevereiro, o frio de agosto
E da primavera, seus esplendores.
"Estrofes extraídas do poema Monólogo
Magano de autoria de Osman Holanda"
0 comments:
Post a Comment