Saturday, April 28, 2012

LAURO CYSNEIROS: O POETA QUE CANTOU E DECANTOU GARANHUNS


Lauro de Alemão Cysneiros(foto) nasceu na cidade de Nazaré da Mata, onde fez os estudos preparatórios e foi nomeado mais tarde funcionário público estadual pelo então Interventor Estadual Agamenon Magalhães.
Em Nazaré da Mata, o poeta Lauro Cysneiros compôs os primeiros versos. Lauro era poeta dos versos doces, sua poesia destinava-se a investigação e admiração da Natureza. Ele foi um decantador das rosas.
Naquela época o país vivia em um regime ditatorial, onde tudo era resolvido à moda Vargas. Celso Galvão era interventor de Garanhuns e precisava de um funcionário de confiança para ajudá-lo na administração.
Lauro Cysneiros foi escolhido por Agamenon o homem de confiança para Celso Galvão. Por força de um ato governamental Lauro de Alemão Cysneiros veio parar na "Terra das Sete Colinas".
Foi aqui, onde o poeta manejou sua lira e em forma de geografia poética cantou e decantou Garanhuns.
Como funcionário público soube muito bem cumprir com o seu dever. Foi amigo de todos os seus colegas de repartição, chegando, pela confiança que tinha, assumir temporariamente as funções de prefeito. Lauro amou todas as profundezas da alma.
Como o lírio que cresce, floresce e depois as pétalas caem sobre o mesmo solo que as fez brotar, o nosso poeta teve sua saúde ameaçada, e por isto foi obrigado deixar o solo abençoado de Garanhuns, como ele mesmo disse em versos, passando a viver na capital do Estado. A doença impiedosa não dava trégua ao poeta. Mesmo doente não ficou impedido de continuar a fazer lindos versos, entretanto obrigava-se a fazer transparecer pinceladas tristes.
Ele mesmo fotografava nas suas últimas composições a imagem cruel da morte que não lhe deixava um só momento.
Lauro Cysneiros muito falou em versos no pôr do sol de Garanhuns!
No pôr do sol do dia 27 de dezembro de 1981, o nosso poeta deu seu adeus.
UMA CARTA

Lauro Cysneiros

(Ao amigo Ednaldo Alves, Linotipista de "O Monitor", em maio de 1980)

A tua carta trouxe-me saudade
Daquele tempo que eu aí vivia...
Nesse ambiente de tranquilidade,
Que nunca mais retorna à luz do dia.

Li tua carta. Com sinceridade:
Vi, quando a mesma atentamente lia,
A imagem viva da fraternidade
Amenizada a minha nostalgia.

Hoje, distante dessa amável gente,
Do o monitor... De todo esse ambiente...
Que alívio que nos vem, quando o correio,

Alvissareiro, bate-nos à porta,
E uma carta nos vem e nos conforta,
Como esta agora confortar me veio.
(fonte:Matéria do Profº José Rodrigues da Silva,"em memória" para o Jornal O Monitor).

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