Wednesday, April 25, 2012

ULISSES PINTO: O JORNALISTA DE GARANHUNS


Ulisses Peixoto Pinto Filho(foto), nasceu na Praça Jardim, numa casa que hoje está localizado o Hotel Ipanema no centro de Garanhuns, no dia 24 de março 1925. Sua primeira professora foi a Sr. Elisa Coelho, que hoje dá nome a uma escola em Garanhuns. Filho de Ulysses Peixoto Pinto e Felícia Souto Pinto. Era casado com Maria do Socorro Mendes Pinto.
O jornalista Ulisses Pinto publicou o seu primeiro artigo em 1942 com apenas 17 anos de idade, com a crônica intitulada "Em Guarda, Soldado do Brasil". Estávamos vivendo a segunda guerra mundial e o jornalista já naquela época se mostrava consciente dos fatos que se desenrolavam na Europa com repercussão em todo mundo. A partir daí não parou mais escrevendo para vários jornais da cidade e da capital do Estado. Colaborou com o Jornal Pequeno, Garanhuns Jornal, A Gazeta, Jornal Cidade, Correio Sete Colinas e com O Monitor, que durou 70 anos e do qual chegou a ser vice-diretor, numa das gestões do Prefeito Ivo Amaral.
O maior furo de reportagem do Jornalista Ulisses Pinto, aconteceu em 1957, quando o Padre Hosana de Siqueira assassinou a tiros o Bispo Dom Expedito Lopes. Ele cobriu o fato e seus desdobramentos e mandou as notícias para o Diário de Pernambuco, que publicou tudo em destaque, com grande repercussão.
Um fato curioso dessa história: o então repórter conseguiu encontrar a cápsula da bala que matou o líder religioso e guardou esse objeto consigo até o final da vida.
Sempre presente aos acontecimentos políticos e sociais de Garanhuns, Ulisses Pinto teve sua luta reconhecida ainda em vida. Ao longo desses 84 anos, colecionou as mais diversas homenagens, tendo recebido títulos e diplomas diversos da Câmara Municipal, do Poder Executivo, de entidades como Rotary e Lions, e principalmente do Exército Brasileiro, a quem devotava verdadeira paixão. Dentre as muitas comendas, recebeu do 71º BI as medalhas do Pacificador e do Mérito Militar, além da medalha do Centenária de Garanhuns, dada pelo prefeito da época.
Ulisses Pinto faleceu numa segunda-feira, 20 de julho de 2009. Sendo sepultado na terça-feira no cemitério de São Miguel, no bairro da Boa Vista.
A pedido do próprio Ulisses Pinto, foi velado na Câmara Municipal, por onde passaram muitos amigos para lhe fazer as últimas homenagens. O Exército, através do 71º BI, esteve presente tanto na vigília feita no prédio do Legislativo, quando no local em que foi enterrado, dando todas as honras a quem sempre prestigiou a instituição militar.
Irmão do ex-prefeito e ex-deputado Aloísio Souto Pinto, Ulisses tinha gosto pelas coisas políticas e no seu trabalho em diversos jornais de Garanhuns e da capital sempre registrou os fatos envolvendo campanhas eleitorais, escolhas de secretários, atos dos prefeitos de toda região, desavenças e alianças entre caciques da UDN, PSD, PTB, MDB, ARENA, PDS, PMDB, PT, PDT e principais partidos que fizeram e fazem parte do País. Governista, o velho decano sempre esteve próximo aos que ocuparam o Palácio Celso Galvão.
Esteve com o irmão Aloísio, com Amílcar Valença, Ivo Amaral, José Inácio, Bartolomeu Quidute, Silvino Andrade e por último Luiz Carlos de Oliveira. Fez suas opções políticas sem construir inimizades.
O jornalista Ulisses Pinto teve um sepultamento com honras de chefe de Estado. No cemitério de São Miguel, o seu cortejo foi acompanhado por muitos amigos, autoridades, colegas de profissão e uma representação substantiva do Batalhão Duarte Coelho, que representa o Exército brasileiro em Garanhuns, estando presente também a Banda de Música do 71º BI.
Antes da despedida ao velho homem de imprensa, a Banda do 71º BI executou o Hino Nacional, cantado por milhares de pessoas que estavam no cemitério da Boa Vista.
Houve ainda salva de 21 tiros e depois os músicos ainda ficaram executando marchas fúnebres, emocionando ainda mais aos que foram dar adeus ao jornalista.
Antes, na Câmara Municipal, onde o corpo foi velado por mais de 15 horas, pessoas de destaque na sociedade local usaram da palavra para homenagear Ulisses Pinto. O Presidente da Academia de Letras de Garanhuns, João Marques, destacou o trabalho do profissional nos jornais da cidade, lembrando que ele também era um dos imortais do município.
O radialista Rossini Moura (em memória), num pronunciamento emocionado, recordou a trajetória do jornalista e companheiro, registrando que ele foi responsável pela formação de muitos repórteres e colunistas que nasceram depois. "Ele ajudou muitos", chegou a proferir Rossini, com o seu forte timbre de voz, admirado por tantos. O jornalista Ulisses Peixoto Pinto Filho faleceu com 84 anos.(fonte: jornal Correio Sete Colinas).

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