Tuesday, April 10, 2012

Alberto da Cunha Melo: 70 anos


José Alberto Tavares da Cunha Melo tem a poesia no sangue. Neto e filho de poetas, é jornalista e sociólogo. Nasceu em Jaboatão, Pernambuco, em 8 de abril 1942 e emigrou em 13 de outubro de 2007. Seu primeiro livro - Circulo cósmico - foi publicado em 1966, ano em que o historiador Tadeu Rocha rotulava de Geração de 65 o grupo de poetas surgidos das páginas do Diário de Pernambuco. Completou, no ano de 2006, 40 anos de trabalho poético ininterruptos. Cunha Melo já publicou 17 livros, 14 de poesia, e participou de 32 antologias, duas delas internacionais.Vale destacar as editadas na virada do século (2001): Os Cem Melhores Poetas Brasileiros do Século, (Geração Editorial - SP), organizada por José Nêumanne Pinto, e 100 Anos de Poesia. Um panorama da poesia brasileira no século XX, (O Verso/ MINC), organizada por Claufe Rodrigues e Alexandra Maia.
Na década de 1990 seus poemas saem das fronteiras de Pernambuco e ganham o Brasil e o exterior com o livro Yacala, lançado na Universidade de Évora, em Portugal, com prefácio do crítico literário e professor da Universidade de São Paulo Alfredo Bosi. Em 2003, em entrevista ao Jornal da USP, Bosi ratifica seu entusiasmo pela poesia de Cunha Melo e o considera o principal nome que vem despontando no cenário poético nacional.
O livro Meditação sob os Lajedos, (EDUFRN e Ed. BAGAÇO) ,depois inserido no livro Dois Caminhos e uma Oração (A Girafa Editora), foi considerado um dos dez melhores livros publicados no Brasil em 2002, por um júri de 400 especialistas do Prêmio Portugal Telecom de Literatura Brasileira, em sua primeira versão 2003.
Em 2006, Alberto da Cunha Melo publicou pela A Girafa Editora, o livro O Cão de Olhos Amarelos & Outros Poemas Inéditos, uma edição comemorativa dos seus 40 anos de poesia, que mereceu foi escolhido pela Academia Brasileira de Letras, em 2007, como o melhor livro de poesia publicado no ano de 2006, no Brasil, recebendo assim o PRÊMIO DE POESIA 2007 DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS
Por duas vezes, foi Diretor de Assuntos Culturais da FUNDARPE - Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (1979/l980 e l987 a l989). Onde apoiou as iniciativas de produtores culturais com vistas à sua organização social, como foi o caso da Associação dos Artistas Plásticos de Pernambuco. Na segunda administração desenvolveu projetos onde colocou a arte à serviço da Saúde como no Arte-Saúde, que deu ao Estado de Pernambuco um dos melhores índices de vacinação de sua história. Admirador incondicional da poesia popular reeditou o Congresso de Cantadores do Recife, em duas edições: 1987 e 1988, no Teatro de Santa Isabel, e 1988.
Realizou o pré-teste do Cadastro Cultural de Pernambuco, com absoluto sucesso na Cidade de Caruaru-PE, posteriormente aprovado em toda a sua estrutura pelo MINC, ainda hoje aguardando liberação de recursos. Na sua atuação, ainda se destacam a criação, planejamento e execução dos seguintes projetos: Trem da Cultura (integração estadual das artes), a Via Sacra do Artesão (exposição e vídeo sobre as condições de produção do artesão em Pernambuco) e outras tantas iniciativas como os cursos (dois anos consecutivos) de Reparos em Instrumentos Musicais (FUNARTE/FUNDARPE).
De 1980 a 1981, foi Gerente de Bem-Estar Social do SESC - Delegacia do Estado do Acre. Em 1988, exerceu o cargo de Diretor do Arquivo Público Estadual de Pernambuco e fez parte do Conselho Editorial da CEP (Cia Editora de Pernambuco).
Dedicou-se também ao jornalismo, destacando-se como editor do "Commercio Cultural", entre os anos de 1982 a 1985, no Jornal do Commercio. Foi também editor da revista Pasárgada, (FUNDARPE/CEPE - nos anos de 1994/1995). Foi colaborador (1998 a 1999) da coluna "Arte pela Arte", do Jornal da Tarde (SP). De dezembro de 2000 até novembro de 2007, manteve a coluna MARCO ZERO, da revista Continente Multicultural (CEPE - PE).(Fonte: portal o nordeste)



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