Saturday, June 30, 2012

PROGRAMAÇÃO DO SESC DURANTE O FESTIVAL DE INVERNO DE GARANHUNS


Homenagem a Reginaldo do Acordeon

Programação

Sexta 13/07

Artes Plásticas

Exposição “Cristos Anônimos” – Religiosidade política na obra de Renato Valle
Vernissage: 13/07, às 19h00
Período: 14/07 a 14/09/2012, das 9 às 21h00, segunda a sexta e sábados, das 9 às 13h00
Local: Galeria de Arte Ronaldo White
Entrada Gratuita

Sábado 14/07

A Partir das 11h00: Cortejo Junino com grupos de Garanhuns e região. Saída dos bairros da Boa Vista, Magano e Heliópolis, com intersecção na Avenida Santo Antônio e culminância no Complexo SESC, Rua Manoel Clemente.

Palco SESC no FIG
12h00 – Homenagem a Reginaldo do Acordeon com participação da Escola de Acordeon de Garanhuns
12h30 – Água de Cacimba (PE)
13h30 – A Matinada (PE)
15h00 as 17h00 – Intervenção de rua com os “Brincantes na Idade Média” – Grupo Cena (Lajedo-PE)

Literatura
16h00 – Com a palavra, o Escritor.
Escritor Convidado: Xico Sá (PE / SP)
Mediação de Paulo Carvalho (PE)

Dias 14, 15, 19, 20 e 21 - Performance Poética, Poesia a la carte com Mariane Bigio (PE) - No restaurante Chá Preto - na Unidade do SESC a partir das 12h00.

Domingo 15/07

Palco SESC no FIG
12h00 - Fernanda Guimarães (AL)
Erison Porto (PE)
Hercinho (PE)
15h00 as 17h00 – Intervenção de rua com os “Brincantes na Idade Média” – Grupo Cena (Lajedo-PE)

Literatura
16h00 – Retratos Imorais da Literatura
Uma conversa com Ronaldo Correia de Brito (PE)
Mediação: Nivaldo Tenório (PE)

Segunda 16/07

Palco SESC no FIG
12h00 – Batuque Mojubá (PE)
Abertura da Mostra Leão do Norte
Período: De 16 a 20/07
Portfólios, Demonstrações de trabalhos, Oficina, Seminário e Apresentações.

No intuito de ampliar a realização da mostra em todo o estado de Pernambuco, o SESC realiza nesta edição, etapas da mostra de música em Caruaru, Belo Jardim, Garanhuns, Arcoverde e Recife.
A mostra, que se realiza em salas apropriadas à execução sem amplificação elétrica, dinamiza a escuta e provoca deslocamentos da apreciação musical comum, tanto no ouvinte quanto no músico, pois propõe uma maneira diferenciada que se relaciona diretamente com o espaço, adequando sonoridades e proporcionando tanto uma escuta mais atenta quanto outras possibilidades de execução de um mesmo trabalho.
Os participantes além de música autoral, devem estar em busca de investigação e resultados artísticos que se distanciem de formas e sonoridades massificadas ou de fácil apelo.
O objetivo é promover o intercâmbio e a difusão de grupos com composição autoral nas diversas regiões do estado, abrindo espaços para o compositor local em diálogo com possibilidades enriquecedoras da experiência musical e das trocas culturais.

Oficina:
Período: de 16 a 20 /07
Horário: Das 15h00 as 18h00
Orientador: Henrique Annes
Tema: Prática de Conjunto para todos os níveis
Público Alvo: Estudantes de Violão e Instrumentistas

Terça 17/07

Mostra de Música Leão do Norte
Demonstração de Trabalho
12h00 – Alessandra Leão (PE)
12h30 - Maurilo Matos (PE)
13h00 - Hugo Lins (PE)

Palco SESC no FIG
13h30 - Gaiamálgama (PE)

Quarta 18/07

Mostra de Música Leão do Norte
Demonstração de Trabalho
12h00 – Caçapa (PE)
12h30 - Classe de Canto do SESC Garanhuns
13h00 - Roque Neto (PE)

Quinta 19/07

Mostra de Música Leão do Norte
Seminário
Horário: Das 9h00 as 12h00
Tema: Processos Composicionais na Música Contemporânea
Mesa: Sérgio Dias e Lauro Buarque
Mediador: José Amaro
Local: Laboratório de Autoria Literária Luzinette Laporte

Palco SESC no FIG
12h00 – Mesa de Samba com O Samba 3 (Garanhuns-PE) e o Roda 4 (Arcoverde-PE)
Mostra de Música Leão do Norte
Portfólio
14h30 - Aldecy Souza (PE)
15h00 - Taninha (PE)
15h30 - Josias Lima (PE)

Literatura
17h00 – Literatura e Cinema com: Homero Fonseca (PE) e Wilson Freire (PE)
Mediação: Hugo Viana (PE)

Sexta 20/07

Mostra de Música Leão do Norte
Seminário
Horário: Das 9h00 as 12h00
Tema: Processos Composicionais na Música Contemporânea
Mesa: Sérgio Dias e Lauro Buarque
Mediador: José Amaro
Local: Laboratório de Autoria Literária Luzinette Laporte

Palco SESC no FIG
12h00 – Lucas Notaro e os Corajosos (Garanhuns-PE)
Terreiro Cibernético (Garanhuns-PE)
Mostra de Música Leão do Norte

Portfólio
14h30 – Gido Silva (PE)
15h00 - Herbert Lucena (PE)
15h30 - Francis Ferreira (PE)

Literatura
14h00 as 15h00 - Performance Poética ”O Biscoito da Sorte” com o Grupo Vozes Femininas (Intervenção de rua)
16h00 – A poesia nossa de cada dia
Uma conversa com Geraldo Holanda (PE/RJ)
Mediação: Mário Rodrigues (PE)

Sábado 21/07

A Partir das 11h00: Encontro da Cobra da Bixiga Lixa (Arcoverde) com o Boi da Macuca (Correntes / Garanhuns). Concentração na Travessa São José, Centro, e itinerário pela Rua Dom José x Avenida Santo Antônio x Rua Manoel Clemente (Rua do Complexo SESC). Participação do Grupo Cena (Lajedo)

Palco SESC no FIG
12h00 – Muendas ( Garanhuns-PE)
13h00 - Maciel Salú (PE)

Literatura
14h00 as 15h00 - Performance Poética “O Biscoito da Sorte “ com o Grupo Vozes Femininas (Intervenção de rua)
16h00 – Ficção, realidade e memória?
Uma conversa com Cristovão Tezza (SC/PR)
Mediação: Inácio França (PE)

Integrações
Durante toda a realização do projeto, haverá ações integradas em Turismo, Saúde, Lazer, Assistência, Biblioteca e Nutrição.

Cultura Sustentável
Stand da Cultura Sustentável. Ambiente idealizado para compartilhar as ações que a Unidade SESC Garanhuns tem realizado para contribuir com o meio ambiente. (Foto: Reginaldo do Acorden que faleceu em março de 2009 e está sendo homenageado pelo SESC este ano .Fonte: Programação do Blog do Ronaldo Cesar e a foto do Jornal Correio Sete Colinas).

Wednesday, June 27, 2012

PROGRAMAÇÃO DO 22º FESTIVAL DE INVERNO DE GARANHUNS


O Festival de Inverno de Garanhuns chega a sua 22ª edição prometendo dez dias de arte e cultura em homenagem ao eterno Rei do Baião, Luiz Gonzaga. A abertura do festival acontece no dia 12 de julho, com shows de Elba Ramalho, Dominguinhos, Família Gonzaga, Mourinha do Forró e o projeto Viva Gonzagão, com 12 artistas. As novidades foram anunciadas em coletiva de imprensa no Recife, nesta terça-feira (26).

A programação segue até o dia 21 de julho, com uma extensa programação. Serão 300 shows, com nomes como Milton Nascimento, Lulu Santos, Zélia Duncan, Ney Matogrosso, Zizi Possi, Erasmo Carlos, Alcione, Jorge Vercilo, Renato Teixeira, Xangai, Lenine, entre muitos outros artistas. Além disso, 67 oficinas e 34 espetáculos de artes cênicas fazem parte da programação.

Ao todo, o festival vai contar com 12 polos, espalhados por toda a cidade de Garanhuns. Cinema, fotografia, literatura e todos os tipos de artes devem estar representados no festival. É um festival de cultura, não só de música. É um festival da ordem de R$ 15 milhões, que já marca o calendário do estado.

PALCO GUADALAJARA
Esplanada Guadalajara
A partir das 21h

12/07 - Quinta-feira
- Mourinha do Forró
- Família Gonzaga
- Elba Ramalho
- Dominguinhos
- Projeto Viva Gonzagão

13/07 - Sexta-feira
- Escravo
- Deolinda
- Bixiga 70
- Zélia Duncan
- Zizi Possi

14/07 - Sábado
- Hercinho
- Orquestra Popular da Bomba do Hemetério
- Academia da Berlinda
- Roberta Miranda
- Alcione

15/07 - Domingo
- La Pietá
- Neli Lisboa
- Siba
- Lira
- Jorge Vercillo

16/07 - Segunda-feira
- Lucas Notaro e os Corajosos
- Di Melo e Madeira de Lay
- Mombojó
- China
- Roberta Sá

17/07 - Terça-feira
- Rogério e os Cabra
- Maciel Salu
- Hebert Lucena
- Lula Queiroga
- Renato Teixeira, Xangai e Maciel Melo

18/07 - Quarta-feira
- Karla Rafaella
- Gerlane Lops
- Karynna Spinelli
- Péricles
- Fundo de Quintal

19/07 - Quinta-feira
- Banda Flash
- Volver
- Ortinho
- Reginaldo Rossi
- Erasmo Carlos

20/07 - Sexta-feira
- Lux Time
- Antúlio Madureira
- Marcelo Jeneci
- Lenine
- Milton Nascimento

21/07 - Sábado
- Andréa Amorim
- N'Zambi, Bugignha Dub e convidados
- Edgard Scandurra
- Jorge Ben Jor
- Lulu Santos




PALCO INSTRUMENTAL
Parque Ruber van der Linden
A partir das 17h

13/07 - Sexta-feira
- Roberto Lima
- Camerata Brasilis
- Sérgio Ferraz
- The Raulis

14/07 - Sábado
- Marcos Cabral
- Trio Baru
- Saracotia
- Moda de Rock

15/07 - Domingo
- Fahrenreit
- Cacau Arcoverde
- Benjamim Taubkin (Trio +1)
- Antônio Loureiro

16/07 - Segunda-feira
- Orlito Blues Jazz Band
- Marcelo Monteiro
- Jorginho Neto
- Alex Madureira

17/07 - Terça-feira
- Duo Bass
- Adelmo Arcoverde
- Antônio de Pádua
- Camarones Orquestra Guitarrística

18/07 - Quarta-feira
- Gaiamálgama
- Rivotril
- Chimpanzé Clube Trio
- Jaguaribe Carne

19/07 - Quinta-feira
- O Sam3a
- Baobá Stereo Clube
- Anjo Gabriel
- Sguep Trio

20/07 - Sexta-feira
- Kleber Blues Band
- Henrique Annes
- Ademir Araújo e Orquestra
- Trio 363

21/07 - Sábado
- Claudio Lins
- Camerata Brasileira
- Luiz Brasil e Banda
- Roger Canal

PALCO CULTURA POPULAR
Av. Santo Antônio
A partir das 11h

13/07 - Sexta-feira
- Grupo de Bacamarteiros Mandacaru
- Mazurca Pé Quente
- Clube Carnavalesco Misto Vassourinhas de Olinda
- Maracatu Baque Solto Piaba de Ouro
- Canto Negro

14/07 - Sábado
- Bicharada do Mestre Jaime
- Urso Branco do Zé
- Maracatu Pavão Dourado de Tracunhaém
- Caboclinho Oxossi Pena Branca
- A Matinada
- Selma do Coco

15/07 - Domingo
- Ciranda de Marize Lopes
- Família Salustiano e a Rabeca Encantada
- Boi Cultural Glorioso
- Trupe do Patrimônio
- Encontro Pernambucanos
- G.R.C.A. Gigantes do Samba
- Bloco Carnavalesco Lírico O Bonde
- Pastoril do Velho Dengoso

16/07 - Segunda-feira
- Bonecos Ziriguidum
- Reisado das Caraíbas
- Caboclinhos 7 Flexas
- Zabé da Loca
- Ação de Literatura
- Claudiana de França

17/07 - Terça-feira
- Pastoril Estrela Brilhante
- Maracatu Estrela Brilhante
- Pitombeira dos 4 Cantos
- Cavalo Marinho do Mestre Zé de Bibi
- Afoxé Oyá Alaxé

18/07 - Quarta-feira
- Maracatu de Baque Solto Leãozinho de Aliança
- Quadrilha Junina Raio de Sol
- Boi Maracatu
- Troça Carnavalesca Mista Palhaços de Pernambuco
- Pastoril Giselly Andrade
- Coco dos Pretos

19/07 - Quinta-feira
- Mestre Sapo e Associação de Capoeira de Angola Mãe
- Maracatu Nação de Baque Virado Oxum Mirim
- Visões do Forró
- Troça Carnavalesca Mista Menino da Tarde
- Aula-espetáculo "E o frevo continua"

20/07 - Sexta-feira
- Reisado do Lambedor
- T.C.M. O Bagaço é meu
- Afoxé Oxum Pandá
- A Bela da Tarde e seus Bonecos Gigantes
- Samba do Veio do Massangano

21/07 - Sábado
- Grupo Indígena Fulni-ó
- Grupo Nossa Arte (Apae)
- Cavalo Marinho Boi Pintado
- Clube Carnavalesco Marim dos Caetés
- Maracatu de Baque Solto Burra Vencedora Lagoa do Carro
- Coco Raízes de Arcoverde
- Encontro dos Blocos Líricos

– Cortejo dos Blocos Líricos

PALCO POP
Parque Euclides Dourado
A partir das 18h

13/07 - Sexta-feira
- Dead Lover's Twister Heart
- Babi Jaques e Os Sicilianos
- Daniel Beleza
- Dr. Sin

14/07 - Sábado
- Sonic Júnior
- Lucas Santana
- Silvério Pessoa
- O Pirata (Marco Polo)

15/07 - Domingo
- Still Living
- Sérgio Cassiano
- Ska Maria Pastora
- Anelis Assumpção

16/07 - Segunda-feira
- A Nata
- Maquinado
- Arraial da Pavulagem
- Sambê

17/07 - Terça-feira
- Catarina de Jah
- Tiê
- Caçapa
- Junio Barreto

18/07 - Quarta-feira
- Zé Manoel
- Márcia Castro
- Alessandra Leão
- 5 a Seco

19/07 - Quinta-feira
- Terreiro Cibernético
- Curimim
- Renato Rosa
- Felipe Cordeiro

20/07 - Sexta-feira
- PE 5
- Ylana Queiroga
- La Viajerita
- Funk Como Le Gusta

21/07 - Sábado
- Daniel Peixoto
- Rimocrata
- Tibério Azul
- Cascabulho

PALCO FORRÓ
Parque Euclides Dourado
A partir da 0h

13/07 - Sexta-feira
- Zezinho de Garanhuns
- Família Gonzaga
- Quinteto Violado
- Genival Lacerda

14/07 - Sábado
- Dema do Forró
- Agostinho do Acordeon
- Gena de Altinho
- Oswaldinho

15/07 - Domingo
- Forró Pesado
- Valdir Santos
- Ferrugem e Pandeiro do Mestre

16/07 - Segunda-feira
- Ronaldo César e a Tropicana
- Josildo Sá
- Mazinho de Arcoverde
- Azulão

17/07 - Terça-feira
- Nando Azevedo
- Joãozinho de Exu
- Clã Brasil
- Liv Morais

18/07 - Quarta-feira
- Djair Banda
- João Silva
- Trio Nordestino
- Cristina Amaral

19/07 - Quinta-feira
- Carlos Magano
- Luciano Magno
- Beto Hortis
- Fim de Feira

20/07 - Sexta-feira
- Fogo de Menina
- Orquestra Forrobodó
- Petrúcio Amorim
- Anastácia

21/07 - Sábado
- Genaro
- Flávio Leandro
- Waldonys
- Danilo Pernambucano

TEATRO PARA INFÂNCIA E JUVENTUDE
Parque Euclides Dourado (Pavilhão de Teatro e Dança)
A partir das 16h30

13/07 - Sexta-feira
- Cinderela Atrapalhada (Grupo Diocesano de Artes – PE)

14/07 -Sábado
- O marajá sonhador e outras histórias (Grupo Os Buriti – DF)

15/07 - Domingo
- Caxuxa (Duas Companhias – PE)




DANÇA
Parque Euclides Dourado (Pavilhão de Teatro e Dança)
A partir das 16h30

16/07 - Segunda-feira
- Canteiro de obra (Cia Brasílica - SP)
- O jardim das rosas amarelas (Gira Dança - RN)

17/07 - Terça-feira
- Confetes e serpentinas (Grupo de Dança Escola de Frevo do Recife - PE)
- Estéreos tipos (Companhia Híbrida - RJ)

18/07 - Quarta-feira
- Respeitável público (Projeto Sapateando - PE)
- Ballet: a arte do movimento (Academia de Dança Marta Melo - PE)
- Nuvens insetos (Cia. Fragmento de Dança - SP)

19/07 - Quinta-feira
- Para Josefina (Grupo Acaso - PE)
- Nação dança Pernambuco (Grupo de Dança do Maracatu Nação Pernambuco - PE)

20/07 - Sexta-feira
- Do terrêro de Salu (Cia. Balançarte - PE)
- Jogo coreográfico (Acupe Grupo de Dança - PE)

21/07 - Sábado
- O fio das miçangas (Otávio Bastos - PE)
- Sangração da primavera (Ballet de Londrina - PR)

TEATRO ADULTO
Teatro Luiz Souto Dourado
A partir das 19h

13/07 - Sexta-feira
- As levianas em cabaré Vaudeville (Cia Animé - PE)

14/07 - Sábado
- Ifigênia (Cia Elevador de Teatro Panorâmico - SP)

15/07 - Domingo
- Ana-me (Teatro de Senhoritas - SP)

16/07 - Segunda-feira
- Prisão da minha vida (Cia. Teatral Carcará - PE)

17/07 - Terça-feira
- O circo dos objetos (Cia. Mariza Basso Teatro de Formas Animadas - SP)

18/07 - Quarta-feira
- Meire love (Grupo Bagaceira de Teatro - CE)

19/07 - Quinta-feira
- Mário Quintana - o poeta das coisas simples (RJ)

20/07 - Sexta-feira
- Divinas (Duas Companhias - PE)

21/07 - Sábado
- O amor de Clotilde por um certo Leandro Dantas (Ensaia Aqui e Acolá - PE)


MÚSICA ERUDITA
Catedral de Santo Antônio

Conservatório Pernambucano de Música (CPM)

13/07 - Sexta-feira
16h30 - Duo Rafael Marques (acordeon), Júlio César (bandolim)
21h - Grupo Allegretto

14/07 - Sábado
16h30 - Quinteto de Bandolins do Recife. Solista convidado: Guilherme Calzavara (violão)
21h - SaGrama

15/07 - Domingo
16h30 - Quinteto de Sopros do Recife
21h - Coro de Câmara do Conservatório Pernambucano de Música. Regente: Sueudo Fernandes

16/07 - Segunda-feira
16h30 - Orquestra Sinfônica Jovem do Conservatório Pernambucano de Música - Concerto-aula
21h - Orquestra Sinfônica Jovem do Conservatório Pernambucano de Música. Solistas: Sérgio Ferraz (violino) e Júlio César (acordeon)

VIII Virtuosi na Serra

17/07 - Terça-feira
16h30 - Kasparas Uinkskas (piano)
21h - Nikita Borisoglebsky (violino) e Kasparas Uinkskas (piano)

18/07 - Quarta-feira
16h30 - Orquestra Jovem de Pernambuco. Daniel Guedes (vioino) e Rafael Garcia (regente)
21h - Orquestra Jovem de Pernambuco. João Carlos Martins (regente)

19/07 - Quinta-feira
16h30 - Iamaká e Eli-Eri Moura (regente)
21h - Giles Apap e Transylvanian Mountain Boys

20/07 - Sexta-feira
16h30 - Coro de Câmara Campina Grande. Vladimir Silva (regente)
21h - Daniel Guedes e Mario Ulloa - O violino e o violão na música brasileira

21/07 - Sábado
16h30 - Duo de Piano Gastesi-Bezerra

CIRCO
Hotel Tavares Correia (entrada pela Rua Ernesto Dourado)
Às 14h e 16h30

13/07 - Sexta-feira
Quatro (Cia Brincantes de Circo)

14/07 - Sábado
Alegria, o circo chegou (Circo Mágico Alakazam)

15/07 - Domingo
Ultrapassa! (Cia. Nós no Bambu)

16/07 - Segunda-feira
Família Vidal (Circo Disney)

17/07 - Terça-feira
Alegria, alegria, o circo chegou! (Nawellington Circo)

18/07 - Quarta-feira
Tradição centenária (Circo Itinerante Alves)

19/07 - Quinta-feira
Acrobatas aéreos (Circo Bambolê)

20/07 - Sexta-feira
Om cotô? quem co sô? promco vô? (Cia. Circo Navegador)

21/07 - Sábado
Mostar de Artistas Circenses (C.C.P.C. Carcará)

MAIS CULTURA
ESPAÇO CULTURA NO PONTO
Local: Aesga (faculdade) – Av. Caruaru, 508, Heliópolis

16 de julho a 20 de julho
Exposição fotográfica mestres do coco pernambucano
Ponto de Cultura Farol da Vila/Coco de Pontezinha – Centro Cultural Farol da
Vila – Cabo de
Santo Agostinho
Horário: 14h às 18h
Local: Hall de entrada da Aesga

16 de julho
Solenidade de abertura, com representantes da Regional Nordeste do Ministério da
Cultura, da
Fundarpe e da Secretaria de Cultura do Estado de Pernambuco
Ponto de Debate: Redesenho do Programa Cultura Viva
Ione Carvalho (Diretoria de Cidadania e Diversidade Cultura/SCDC/MinC)
Beto Silva (secretário Executivo da Secretaria de Cultura de Pernambuco)
Mediação: Fabiano Santos (presidente da Rede dos Pontos de Cultura de
Pernambuco) Horário: 14h às 18h
Local: No Auditório Manoel Elpídio Melo, na Aesga

17 de julho
Ponto de Debate: Sustentabilidade e cultura popular: os caminhos da economia
criativa
Edmilson Lopes (diretor e coordenador pedagógico da Associação Cultural Bloco
Carnavalesco
Ilê Aiyê - Bahia)
Diego Di Niglio (coordenador da ONG ICEI Brasil –
Instituto Cooperazione Economica
Internazionale)
Mediação: Luciano Gonçalo (coordenador de Economia Criativa da Secretaria de
Cultura Pernambuco)
Ponto das Artes: Afoxé AlafinOyó
Associação Recreativa Carnavalesca Afoxé AlafinOyó –
Ponto de Cultura Afoxé AlafinOyó: Carnaval do Alafin Mimi – Olinda
Horário: 18h às 19h
Local: No estacionamento da Aesga (palco)

18 de julho
Cine Mais Cultura: Cultura popular e identidade
Cine Mais Cultura do Ponto de Cultura Tecer – Laia – Camaragibe
Horário: 14h às 18h
Local: No Auditório Manoel Elpídio Melo, na Aesga
Ponto das Artes: Boi Tira-Teima
Ponto de Cultura Tira-Teima – Caruaru
Horário: 18h às 19h
Local: No estacionamento da Aesga (palco)

19 de julho
Ponto de Debate : Painel de Comunicação Pública
Mesa 1 – Comunicação e liberdade de expressãoJoão Brant (Coordenação Executiva do Coletivo Intervozes) Luiz Nassif (Jornalista e
blogueiro)
Ana Veloso (Fórum Pernambucano de Comunicação /
Membro do conselho curador da
Empresa Brasil de Comunicação – representante da Regional Nordeste)
Altamiro Borges /Rodrigo Viana (Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de
Itararé) Mediação: Inamara Melo (Fórum Pernambucano de Comunicação)
Horário: 14h às 18h
Local: No Auditório Manoel Elpídio Melo, na Aesga
Ponto das Artes: Maracatu Cambinda Brasileira
Ponto de Cultura Maracatu Cambinda Brasileira – Nazaré da Mata/PE Horário: 18h
às 19h
Local: No estacionamento da Aesga (palco)

20 de julho
Ponto de Debate: Painel de Comunicação Pública
Mesa 2 – TV pública: produção e difusão de conteúdo
Regina Lima (ouvidora da Empresa Brasil de Comunicação)
Luciana Santos (deputada federal – Frente Parlamentar pela Liberdade de
Expressão e pelo
Direito à Comunicação/Frente Parlamentar em Defesa da Cultura)
Representante da Rede Minas, Roger de Renor (Gerente Geral da TV Pernambuco)
Mediação: Representante da Fundarpe
Horário: 14h às 18h
Local: No Auditório Manoel Elpídio Melo, na Aesga
Culminância das oficinas
Horário: 18h às 19h
Local: No estacionamento da Aesga (palco)
Ponto das Artes: Bongar
Ponto de Cultura Um Quilombo Cultural
Horário: 19h às 20h
Local: No estacionamento da Aesga (palco)

ESPAÇO LUA GONZAGA
Local: Parque Euclides Dourado – Avenida Júlio Brasileiro, s/nº, Heliópolis.

13 de julho a 21 de julho
Exposição Lua Gonzaga
Mostra comemorativa ao centenário de Luiz Gonzaga, homenageado do FIG 2012
Horário: 14h às 22h
*A abertura da exposição conta com palestra ministrada por José Mauro e
Pedro Américo
(Memorial Luiz Gonzaga), a partir das 15h
Pernambuco na Memória: conte aqui a sua história! Cabine temática da
memória coletiva de Gonzagão Horário: 14h às 22h
Postais da MemóriaHorário: 14h às 22h
13 e 14 de julho / 14 e 21 de julho
Aula-espetáculo com Mestre Camarão baseada na música de Luiz Gonzaga
Horário: 16h30 às 18h
Deputada federal – Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e pelo
Direito à Comunicação/Frente Parlamentar em Defesa da Cultura)
Representante da Rede Minas, Roger de Renor (Gerente Geral da TV Pernambuco)
Mediação: Representante da Fundarpe
Horário: 14h às 18h
Local: No Auditório Manoel Elpídio Melo, na Aesga
Culminância das oficinas
Horário: 18h às 19h
Local: No estacionamento da Aesga (palco)
Ponto das Artes: Bongar
Ponto de Cultura Um Quilombo Cultural
Horário: 19h às 20h
Local: No estacionamento da Aesga (palco)


AMBIENTE CRIATIVO
Local: Polo Euclides Dourado
PAPOS CRIATIVOS
Horário: 17h às 19h

13 de julho
DELTA ZERO: Núcleo Gestor da Cadeia Têxtil; Secretarias de Cultura e
Desenvolvimento Econômico

14 de julho
Projeto "Severina Catadora: Do BIT ao PAPELÃO" - Lucia Rosa (Coletivo Dulcineia
Catadora) - Fernando Farias (ed Navras) - Rodrigo Sushi (Ed Paés)

15 de julho
Apresentação do Portal do Audiovisual PE - Carla Francine

16 de julho
GT de Economia Criativa de PE: FIEPE / FECOMERCIO / SENAC / SENAI -

17 de julho
DELTA ZERO: Apresentação do PE CRIATIVO DELTA ZERO: "DESING THINK"
- O PROCESSO CRIATIVO como diferencial competitivo da Economia Criativa

18 de julho
Polos Criativos e Cidades Sustentáveis: Selma Santiago (MINC) -
Isabela Morais (UFPE) – SECOPA – SEMAS

19 de julho
Mercado, Sustentabilidade, Economia Solidária e Responsabilidade Social -
EMPRESAS - Tok Stok / WalMart (Projeto Caras do Brasil) Patrícia Santana 20 de julho
Criatividade nos Festivais de Música: Ivan Ferraro (Feira Música CE/Fora do
Eixo; Fabrício Nobre (Secult Goiás/Festival Bananada)

21 de julho
Cultura Digital e Colaboração para a sustentabilidade cultural: Pedro Jatobá
(Produtora Colabor@tiva.PE/Pontão iTeia);
Uirá Porã (Comitê Fortaleza Digital e Criativa - Prêmio Tuxáua); Ivan Ferraro
(Circuito Fora do Eixo)

FLABELOS CANTANTES
21 de julho
Concentração: Praça Souto Filho (Praça da Fonte)
Cortejo: Praça Souto Filho até o Palco de Cultura Popular
Horário: 16h às 20h
Atrações: Flor da Lira de Olinda, Um Bloco em Poesia, Amantes das Flores de
Camaragibe,
Flor do Eucalipto, Banhistas do Pina, Cordas e Retalhos, Eu Quero Mais, Menestréis
do Paulista, Seresteiros de Salgadinho, Bloco Sintazul, Bloco das Ilusões, Blocos das
Flores.
Alguns polos só terão a programação divulgada a partir do dia 2 de julho, no site do Festival.








Monday, June 25, 2012

O Eleitor e o Candidato


José Dativo Galindo

Candidato:

Amigo caro eleitor,
Sou candidato a prefeito,
Garanto se for eleito
Vou ajudar o agricultor
Vou comprar máquinas e trator.

Vou fazer a encanação
Pra ajudar na irrigação
Podem sufragar meu nome
Vou acabar com a fome
Que existe no Agreste.

Eleitor:

Com o senhor vou votar,
Mas preciso de ajuda,
Estou andando de bermuda,
Porque não posso comprar,
Gostaria de ganhar,
Uma calça e um cinturão,
Um chapéu pra meu irmão
Um vestido pra Maria,
uma saia pra minha tia,
Um paletó pra João.

Candidato:

Meus amigos se eu ganhar,
Vou construir cem escolas,
Para as crianças, vou dar mil bolas,
Um time quero formar,
Vou dar merenda escolar,
Vou pagar um bom ordenado,
Ninguém vai ficar parado,
Vocês vão ficar contentes
Vou ajudar muita gente,
Vai ser tudo organizado.

Eleitor:

Quero um lençol pra me cobrir
Estou dormindo no chão duro
O colchão joguei no muro
Para o meu cachorro dormir
Eu não gosto de pedir
Mas minha casa está rachada,
Quero um serrote, e uma escada,
Cinco sacas de cimento,
Uma cangalha para o jumento
Pra minha mulher andar montada.

Candidato:

Quando eu estiver na prefeitura,
Vou distribuir leite de graça,
Em cada rua vai ter uma praça
Vou mandar plantar verdura,
Quero ver muita fartura,
Vou acabar com o IPTU.
Garanhuns vai virar sul,
Na sexta vou distribuir pão
No sábado farinha e feijão
No domingo carne e beijú.

Eleitor:

Quero uma sandália havaiana,
Um rede pra me balançar,
Para eu comemorar.
Quero uma garrafa de cana,
Quero um chinelo pra Ana
Um sutien pra Sofia
Quero um maiô pra Luzia.
Uma calcinha pra Quitéria.
Quero um lenço pra Amélia.
Quero um sapato pra Lia.

Sunday, June 24, 2012

Encontro dos Ex-Prefeitos


Nelson Paes (em memória)

A lua-grande boiava num céu cinzento, naquela noite fria do mês de agosto. Eu resolvi como dizia Mario Sette, "Arruar". E sai andando pelas ruas da cidade. Eu que não sou de ir em cadeia, hospital ou cemitério, não sei porque, fui bater com os ossos, lá para as bandas do Mundaú, bem em cima do São Miguel, onde um dia eles vão descansar. O medo se apoderou de mim, no entanto aos poucos foi indo embora. Não era tarde, mas também não era cedo. Dormia a esplanada da Boa Vista. Aqui alí, bruxoleava a luz de um candeeiro, dentro de uma casinha humilde, do arruado ao lado do outro dormitório. Do cemitério, palavra grega, que significa dormitório. Afinal, Manuel Bandeira não disse que "estão todos dormindo"?.
De repente ouvi vozes uma conhecidas umas, desconhecidas outras. Não eram soturnas nem guturais.
Era um grupo de pessoas que conversavam, dialogavam. Não batiam papo; porque isso é próprio dos animais. Me aproximei e reconheci todos eles. Alguns eu conhecera pessoalmente; outros, tinha visto o retrato.
Eram todos ex-prefeitos de Garanhuns: O Major Antônio da Silva Souto; José de Almeida; Júlio Brasileiro; Euclides Dourado; Aloísio Souto Pinto; Francisco Figueira; Celso Galvão; Álvaro Rocha e Mário Lira. Figueira, de terno azul-marinho, era o mais elegante do grupo. Parecia um príncipe.
Álvaro Rocha falou ao major Antônio da Silva Souto: "Me dá uma pitada do teu tabaco", no que foi atendido tirou um pouco de rapé, inalou e deu dois espirros que feriram o silêncio daquele campo santo. Celso Galvão perguntou: "Quais são as novidades"?. Euclides Dourado respondeu: "A sucessão municipal". Figueira entrou na conversa: "E quem são os candidatos? Tem algum da UDN?. Tem, disse Aloísio Pinto; mas sem a minha participação quem vai ganhar são estes caras do PSD. Aloísio, falo Mário Lyra, "você está por fora, não sabe que não é mais como no nosso tempo. PSD e UDN, já era, hoje os partidos tem outras siglas: PP, PDT, PDS, PT." Tudo a mesma coisa, seu Mário.
E o seu filho Fernando? "Ah! Seu Mário, aquilo é um inexperiente, foi para Recife, quando devia ter ficado mantendo o meu nome na política de Garanhuns. Afinal, é o meu herdeiro.
Coisas da política! Coisas da política! Coisas da política, falou Soutinho, que acabava de chegar: Deu boa noite à todos e apertou a mão de Euclides Dourado: "Soutinho, você aqui, você não mora lá no Recife"?. "E o que tem isto? Álvaro Rocha não está morando no Rio de Janeiro"?, Figueira no Recife"?
Uma baforada de charuto, a fumaça como que incensando o ambiente: Elpídio Branco: "Hoje prefiro ouvir".
E os candidatos? perguntou José de Almeida. "Se dependesse da minha indicação, seria aquele menino de João Marinheiro, como é o nome dele? Ah! Sim, Ciro Ferreira Costa. Álvaro Rocha falou ". "Bom, muito bom", disse Figueira, acrescentando: Substituir esse Ivo, é difícil". É, falou Mário Lyra: "E a oposição?, reconheço que hoje, ela tem outros trunfos; afinal, o custo de vida; e a inflação". "Mas que tudo seja feito sem violência; a violência não resolve; só o amor e a paz, constrói para a eternidade", falou o Coronel Júlio Brasileiro, que se havia mantido em silêncio e só agora dava seu pronunciamento.
"E os candidatos? Insistia Aloísio contando nos dedos, Álvaro Rocha foi enumerando, Manoel Cândido, José Inácio, Givaldo de Freitas Calado, Dr. Pedro Hugo, Humberto de Moraes, , Amílcar Valença, Paulo Faustino, Antônio Edson, Jaime Pinheiro, Aguinaldo de Barros e, dizer que são mais de vinte candidatos. "Candidatos à candidatos", redarguiu Figueira.
Celso Galvão cochilava. O Major Souto se despediu: "Boa noite meninos; eu vou dormir".
Foi quando eu me apercebi que passava de meia-noite. Me lembrei de uma histórica frase: "Os mortos comandam os vivos". Fui saindo, o grupo se dissolvia e ainda ouvi Álvaro dizer a Aloísio alguns nomes dos que havia citado, e quando pronunciava alguns deles, Aloísio dizia": Aquilo é gente? Aquilo é gente?. (Fonte: Matéria publicada no jornal "O Monitor", em 24 de outubro de 1981).

Saturday, June 23, 2012

O SOL


Lauro Cysneiros

Quanto mais tempo alcança, mais se expõe radioso,
Envolvendo o arrebol de nuvens cor-de-rosa,
Enquanto mais flameja, ardente, majestoso,
Erguendo a original umbela portentosa.

Levanta-se gentil, do leito aparatoso
Ornando a matinal paisagem primorosa,
Banhando a fronte augusta no regato airoso,
Reforçando o vigor da terra dadivosa.

Impávido, fulgente, luminar, perfeito,
Fornece luz ao mundo, ao se afastar do leito
Até quando declina, exausto, no arrebol.

Ninguém que o assemelhe em formação tamanha,
A subir e a descer montanha por montanha,
Levando, a cada gruta, a luz do seu farol.

Saturday, June 16, 2012

SEJA SOLIDÁRIO PARTICIPANDO DA CAMPANHA DE DOAÇÕES!!!

RETALHOS


Rinaldo Souto Maior

Velhos retratos dos avós, dos pais,
e de Miriam que habitam minhas
recordações da mocidade, dos
tempos de menino em Tabocas,
Pirauá e Garanhuns,
onde vivi felicidade, e sonhei os
sonhos sonhados próprios de toda gente!

O canavial, a Casa Grande, cheiro de mel
de engenho, a bagaceira onde brinquei
folguedos com outros meninos dos já
distantes, saudosos e sempiternos tempos de menino.

A casa do meu pai conjugada ao armazém,
onde em Pirauá negociava secos e molhados,
tecidos e miudezas! Seu escritório de rábula
onde atendia pedidos para defender no júri de
Timbaúba presos pobres, desarvorados da
sociedade por roubos, crimes de morte e
defloramento vis.

A primeira viagem de trem, o medo do apito que
senti na velha locomotiva dos ingleses da Great-Western!
A chegada ao Recife, à cidade grande, capital do Estado,
onde pela primeira vez encadeei-me com profusão da luz
elétrica tão diferente daquela que os candeeiros
iluminavam nossa casa!

A cheia do rio Paraíba do Norte, as feiras de São Vicente
Férrer e da antiga Macapá! As visitas, nas festas de Santana,
a Bom Jardim, onde, na casa dos avós-paternos, tomei meu
primeiro banho de chuveiro, milagre do progresso da água
encanada.

A primeira grande mudança, a grande viagem de Pirauá para
Garanhuns, do extremo norte para o sul de Pernambuco.
Da fronteira da Paraíba para a das Alagoas!
Viagem de mudança, tão longa e tão grande que, menino, pensava
não chegar nunca à cidade escolhida por meu entendimento de
menino de cinco anos.

Em fevereiro de 1935 chegávamos enfim a Garanhuns, que pareceu-me
tão monumental em relação a Pirauá; maior que ela apenas o Recife,
segundo meu entendimento de menino de cinco anos.

Nossa primeira casa na rua 15 de novembro, depois, por economia,
fomos morar nos fundos da loja, na avenida Santo Antônio, prédio
que meu pai alugou a Zé Gregório, os fundos davam para rua Santos
Dumont, defronte da oficina pioneira de João Tude!

Fui crescendo em Garanhuns e lá meus irmãos foram nascendo, oito
ao todo que somando-se aos quatro vindos de Pirauá, eu o mais velho
da prole de doze filhos, em seguida Miriam, minha primeira amiga,
muito mais que apenas irmã, muito mais!

O tempo foi passando, correndo tão rapidamente que hoje, reflito,
não sei porque tanta pressa...
Meu pai no trabalho, prosperando, com o crescimento de Garanhuns!
Em 1941 comprou ali, a primeira casa própria, residencial, bem provida,
cheia de calor humano, no lado de baixo da avenida, junto ao Forum e
da Associação Comercial, o número 485 da Santo Antônio, onde Miriam
deu à luz todos seus quatro filhos, aparados por Dr. Godofredo.

Retratos, retalhos de um tempo, que ficaram marcando meu espírito,
retratos que acompanham-me em toda travessia existencial...
Retratos que não foram tirados por nenhuma máquina mas que, de lembranças,
permanecem indissoluvelmente fixados em todas paredes sensitivas do meu
pobre ser...
(Fonte: Jornal "O Monitor" setembro de 1984).

Friday, June 15, 2012

FESTAS JUNINAS EM GARANHUNS NO INÍCIO DO SÉCULO PASSADO


Ao anoitecer apareciam as fogueiras, fogos para as crianças, fogos-de-visita, girândolas em todas as praças e folguedos diversos. Acendiam-se as fogueiras em frente à Matriz, nos pátios das escolas, na "Novo Século", nas casas dos Tenórios, dos Campelos, dos Soutos, dos Jardins, Travessa "Doutor Garibado", no Beco do Engole-Homem, na Boa Vista, até na porta da Cadeia Pública. Cada uma destas fogueiras era defendida pelo grupo de parentes, dos moradores e dos amigos das famílias ali residentes. Elas, na sua maioria, eram protegidas com morteiros de tabocas, bombas de todos os tipos e as "bichas de rabiar", como eram conhecidos os busca-pés de João Fogueteiro, que ardiam e serpeavam pelo chão, jogados contra os que atacavam. Os atacantes formavam um verdadeiro cerco, com bombas ensurdecedoras e busca-pés menores. Se os que guardavam as fogueiras não suportavam o ataque e fugiam, ela seria desmanchada e o principal responsável fugia envergonhado. Havia muitos fogueteiros especializados em busca-pés de assobio. Eles faziam essas peças com tabocas de bambus, ainda quase verdes, e conservados em breu por vários dias. Os busca-pés feitos com tabocas finas eram os mais perigosos, pois perseguiam as mulheres, porque leves e com deslocação do ar, provocada por uma corrida de muitos panos, eles acompanhavam a "dona" até terminar a combustão. E como também sabiam correr as mocinhas de então...
Na Vila de São João, poucos quilômetros da cidade, festejavam o seu Patrono com mais simplicidade, com uma festa mais religiosa e mais familiar, com uma bela novena. Missa cantada, desobriga e uma procissão do Padroeiro, pelas duas únicas ruas da vila. Não se via nenhuma rede-de-arrasto. E tinham uma graça especial aqueles festejos, pois seria numa noite mais fria do ano, com garoa caindo e enfeitando as árvores e serras que contornam a localidade. Aquela gente boa e simples transmitia a sua alegria natural aos que iam assistir às festas do seu Patrono. Em quase todas as casas soltavam-se balões e enfeitavam-se a sala da frente e os alpendres com bambus e folhagens diversas, flores agrestes, sabugueiros aromáticos e folhas de canela. Em jarras de barro colocavam rosas, alecrim e manjericão. Que coisinhas boas tinham as casas das famílias de São João, naquela noite. Que umbusada boa, à meia-noite, acompanhada de pamonha, cangica de milho verde e mungunzá, e o indispensável doce de côco.
E com saudades daquele tempo, o nordestino repetia os versos do seu colega Lopes:
"A fogueira foi pegando,
A festa se animando.
Chegou gente como quê
Os balões iam subindo,
As môças passavam rindo...
Mas eu só via Você;
Sem temor e sem receios,
Meus olhos, a tudo alheios,
Tinham ido apreciar
Uma festa mais bonita,
Que havia no teu olhar".
Guardando sempre na lembrança os quadros singelos da sua vida na cidade bucólica do agreste nordestino, muito principalmente do tempo de criança, lembrava-se agora Serapião das fogueiras de Tônia Vieira, que lhe parecem reproduzidos, ainda pegando fogo, nos versos simples de Batista Crêspo, tão conhecidos na sua terra, naqueles idos dos matutos ingênuos:
"Ao clarão da fogueira, as filhas do Rapôso
vão fazendo correr os copos da queimada...
as batatas, o aipim, o melado gostoso,
no alpendre que é toda essa noite encantada.
Meu querido São João,
do vosso triste deserto,
fazei meu santo, fazei
que a minha sorte dê certo".
Distribuindo às moças os papeizinhos coloridos, com galhos de alecrim, Tônia Vieira, dava começo às festas, com a distribuição das comedorias e leitura das sortes de São João. Tudo ali era ingenuidade e não havia enxerimentos.
(Foto: Festividades em frente a Matriz de Santo Antônio no início do Século passado - Fonte da Pesquisa: Livro "Um Nordestino" de José Pantaleão Santos).

Thursday, June 14, 2012

À Memória de Dom Adelino Dantas


Almerinda Espíndola Rodrigues

Nesta tarde saudosa,Adicionar imagem
Neste repouso de amor,
Se impõe a caridade
De um grande e nobre Pastor!

Foi o Bispo Dom Adelino,
Que construiu para os velhinhos
O "São Vicente de Paulo",
Com todo amor e carinho.

Ao chegar em nossa terra
Foi logo sua intenção,
Construir para os velhinhos
Um leito acima do chão!

Uma homenagem, um dever
Tem Garanhuns muito querida,
Para quem patrocinou
Tamanha obra na vida!

Quantas passadas não deu
Na construção deste Templo,
Ao partir Dom Adelino,
Legou-nos um belo exemplo!

Dotado de ricos dons,
Sem orgulho ou vaidade,
Fiel soldado de Cristo
Nos deixou muitas saudades!

As Irmãs tão consagradas
Dom Adelino entregou,
Esta turma de velhinhos
Por quem tanto trabalhou.

Velhinhos que já sofreram
As agruras desta vida,
Mas que aqui receberam
Esta tão boa acolhida!

Proteção e amizade,
Cuidados, amor e carinho,
As irmãs de caridade,
Dispensam à estes velhinhos!

Como Abraão foi chamado
À terra Celestial,
A Dom Adelino foi dado,
Uma vida eterna!

Lembramos de Dom Adelino
Com gratidão e carinho.
Queira Deus abençoar
Este "Abrigo de Velhinhos".

Seu retrato nesta casa,
Recordará o seu nome
Todo bem que fez aqui,
Jamais o tempo consome.

Salve lar abençoado
Por estas irmãs cuidado,
Com carinho e com fervor.
Que nesta cidade seja,
Santa casa em que se veja,
De Cristo a obra de amor!

(Na foto: 1º Palácio Episcopal de Garanhuns, construído para o 1º Bispo de Garanhuns Dom João Tavares de Moura - 1919/1928, hoje no local Mosteiro de São Bento).

Sunday, June 10, 2012

Sete Colinas


Marcílio Reinaux

O sol dardeja sua luz
Sôbre teus ombros lisos;
As flores te perfumam e
Te cobrem com halo peren;
As colinas te apertam em
Amplexo humano e amigo.

Descontraída te saúda a lua,
Por trás de espessas nuvens.
Modorrento chega o frio e
Te abraça por baixo dos
Teus agasalhos.

Gorgéiam os pássaros nas
Copas das tuas árvores;
Do nectar dos deuses os frutos
Da Natureza umedecem a tua boca.

Cantam teus filhos a tua
Canção. O teu canto é o
Nosso canto de vitória.

Rendemos a ti nossa homenagem.
A teus pés e a ti Garanhuns,
Terra das Sete Colinas,
Enevoada pérola fugidia.
(Foto: Centro Cultural Alfredo Leite Cavalcanti).

Friday, June 8, 2012

"ENCANTO"



Carlos Janduy

Teu sorriso é franco,
Tua voz é mansa,
Teu olhar é branco,
Te olhar não cansa.

Tua boca é chama,
Teu abraço é louco,
Meu amor te ama,
Te dizer é pouco.

Tua pele arranha
Minha mão à toa,
Tua paz me ganha,
Minha alma voa.

Ah! Como eu te quero,
Ah! Te amo tanto,
Pois é tão sincero
Todo o teu encanto.

Sunday, June 3, 2012

O Trabalho


José de Vasconcelos Pontes (em memória) Julho de 1983

A maior ventura do ser humano está no trabalho. O trabalho edifica, constrói, educa, diverte. Sentenciava o conhecido escritor Ramalho Ortigão: "O mais seguro meio de cada um amar verdadeiramente a Pátria é simplesmente amar a sua profissão". Subtendendo-se, naturalmente, que essa profissão seja honrada. Patriotismo é cada um trabalhar no ofício com fé. O trabalho honesto traz tranquilidade e uma vida feliz de toda família. O amor ao trabalho, por mais simples que seja, vivifica, transborda a alegria, o acontecimento. Significa uma dádiva para aqueles que compreendem estar servindo ao próximo.

Euclides da Cunha escreveu "Os Sertões" num ranchinho de zinco, à margem do rio Prado, nos momentos que lhe dispensava a tarefa de construir uma ponte sobre esse rio. O útil ao agradável, vivemos sempre a depender do outro, por mais simples que seja, participa, comunga do mesmo ideal. Somos um conjunto harmonioso com a mesma finalidade: a sobrevivência, a nossa alimentação depende do pobre que no sol causticante planta a semente, aquele maltrapilho, desconhecido, rejeitado que não frequenta "sociedade" não participa da vida ativa de uma cidade, não aparece nos jornais e faz parte do sustentáculo do Estado. Parece um paradoxo, mas é a realidade... o sapato, a roupa, a comida, tudo isso passa por um processo difícil, de lutas e sacrifícios para que possamos conjuntamente dentro de um mundo alegre, viver a vida; não vegetar.

Precisamos de todos por mais humildes que seja; o leite, o café, são saborosos. Passam por processos fabricados por humildes, e chegam as nossas mãos tão perfeitos. Somos unidade em comunidade. Somos povo sem distinção de raça ou de cor... mas, destaques surgem por toda parte, desconhecendo o valor de muitos. Somos humanos com defeitos e virtudes, fraqueza e coragem, luta e sacrifício. Dependemos de todos porque formamos a corrente coesa trabalhando com a mesma finalidade; a sobrevivência.

O trabalho por mais simples que seja tem o seu valor. Precisamos incentivar o simples para que ele sinta a sua importância como homem honesto e trabalhador. Recordamos Rui Barbosa: "O patriotismo praticamente consiste sobretudo, no trabalho".

Vamos nos habituar ao trabalho, sinta que de seus esforços depende o progresso e a esperança do País. Viva ocupado e sinta o proveito daquilo que manuseias. Se estiveres cansado, pára um pouco ou muda de atividade, tudo voltará ao normal. Somos simples fragmentos dispersos, procurando uma associação. Pense em areia movediça, equipare os fragmentos, perceba de um prisma diferente. Analise, raciocine, medite um pouco... será que entendes? faça um retrospecto e veja que tudo aquilo é complexo; desigualdade.

Trabalhe sempre com amor e dedicação, faça dele a sua vida e seu divertimento. Você precisa deixar vestígios de sua passagem. Procure fazer tudo conscientemente, seja responsável pelos seus atos, não tente "tapar o céu com a peneira", pois você sabe distinguir o certo do errado. Fique tranquilo com sua consciência, pequeno fragmento indispensável, pois você nasceu para cumprir sua missão. Com amor e dedicação, coragem acima de tudo acreditar, ter a certeza e confiança no amanhã.(Foto: Gynásio Diocesano em 1927).

Saturday, June 2, 2012

HINO DE PERNAMBUCO - ALCEU VALENÇA

Friday, June 1, 2012


ORAÇÃO PROFERIDA POR LUIZ SOUTO DOURADO NA CÂMARA MUNICIPAL DE GARANHUNS EM 29 DE NOVEMBRO DE 1983, EM COMEMORAÇÃO AO CENTENÁRIO DE NASCIMENTO DO SEU PAI O EX-PREFEITO EUCLIDES DOURADO.

Senhor Presidente da Câmara dos Vereadores de Garanhuns.
Senhores Vereadores.
Meus Senhores e minhas Senhoras.

Comove muito a mim a à minha família está homenagem desta Casa a Euclides Dourado.
De uma das três vezes onde ele ocupou o cargo de Prefeito, saiu justamente da Presidência do antigo Conselho Municipal. Depois como vereador eleito em várias legislaturas, voltou a ocupar uma cadeira na Câmara Municipal. Identificado e participante dos dois Poderes, os quais exerceu com eficiência, zelo e probidade, esta homenagem se ele fosse vivo haveria, estou certo, de tocá-lo de forma mais profunda. Foi aqui que ele começou o seu aprendizado o seu caminho, a sua meta; aqui começou a sentir os primeiros sinais, as primeiras manifestações, o seu noviciado de dedicação quase religiosa aos problemas da sua terra.

Em artigo publicado no Diário de Pernambuco, a respeito do Centenário de Euclides Dourado, assim nos expressamos:

"O menino vira o seu Pai, que se vivo fosse completaria 100 anos agora a 26 de novembro, sair da sua casa para entregar aos revolucionários de 30 as chaves da Prefeitura de Garanhuns, que ocupava pela terceira vez; vira também no dia seguinte, ele sair normalmente, tranquilo e sereno, a visitar amigos e parentes. Tinha certamente adversários (aquela revolução empolgava todo mundo), mas inimigos, não. Deixara uma obra administrativa que ainda hoje, depois de 53 anos é reconhecida e louvada (e esta homenagem da Câmara dos Vereadores, é um reconhecimento que muito honra a sua memória). Dela tem falado jornalistas ( como José Francisco de Souza, Humberto de Moraes, Ulisses Peixoto Pinto), cronistas do seu tempo, como Alfredo Vieira, e historiadores de Garanhuns, como João de Deus Dias de Oliveira e Alfredo Leite Cavalcanti.

Diz este último, no volume II da sua "História de Garanhuns" que "o Prefeito Euclides Dourado fez tornar transitáveis por veículos, automóveis, as estradas que ligavam a cidade às vilas e municípios próximos; que construíra a primeira avenida; que fizera "o primeiro jardim público" e "um Parque Municipal"; que com ele "foi fundado o bairro do Arraial (hoje Heliópolis) ficando abertas as avenidas e ruas; que doou terrenos para as construções mais importantes do novo bairro: o Colégio 15 de Novembro e o Sanatório Tavares Correia; que "foi construída a Praça Dom Moura"; que "realizou a primeira exposição de café"; que fez chegar "o primeiro avião" que desceu no interior do Estado de Pernambuco; que atraiu a primeira empresa de transporte coletivo, "já com a denominação de Empresa Auto Viação Garanhuns"; que "foi construído o Cemitério São Miguel"; "que construiu o atual Matadouro", conseguindo ainda com o Governo Estadual o Patronato de Menores e a Estação Experimental de Café, estas duas realizações citadas no livro de Alfredo Vieira, "Garanhuns do meu tempo".

Mas não obstante tantas obras, a Revolução de 30 fizera do meu Pai ("Ai dos Vencidos!") um exilado no seu próprio País e Estado, forçando-o, pelo ambiente que se criou, a transferir-se para Recife com a família numerosa (nove filhos, alguns menores ainda); aqui residimos dois anos, a princípio, num casarão alugado à família Barreto Campelo, na Praça da Torre (a casa ainda existe), depois na Rua da União, por trás da Assembléia Legislativa, numa casa já demolida.
O "exílio" começava a alongar-se, a saudade começava a doer. Meu Pai sempre dizia e escreveu numa carta que "a cidade, com as suas montanhas e o seu céu, não tinha culpa de nada". Foi quando voltamos. E a cidade, como a desculpar-se, recebeu o antigo Prefeito, que nela havia nascido quando a cidade tinha apenas 8 anos, sendo quase coincidentes os seus centenários, com respeito, carinho e novas missões.

Fez dele então Presidente da Associação Comercial de cuja administração resultou o prédio próprio da entidade; Presidente do Esporte Clube, quando realizou importante Feira de Amostras com o pai do hoje publicitário Carlos Leite Maia; Presidente da Sociedade Cultural Musical, recebendo a cidade nomes nacionais, como Carmem Gomes e Reis e Silva; voltou à Câmara dos Vereadores, que antes já presidira. Se teve mágoas da cidade nunca demonstrou, deixando marcas em cada nova missão que lhe era confiada.

Em 37, na instauração do Estado Novo, meu Pai foi chamado ao Recife, correndo célebre a notícia que fora nomeado Prefeito. Do telegrama que passou à família aquela palavra estranha, peremptório, ficou na minha lembrança, vagando, sem sentido, sem significado. Boa coisa não era. O que eu não soubera ler no telegrama, estava escrito na tristeza do rosto do meu Pai. É verdade que muitos amigos foram recebê-lo na entrada da cidade. Mas aquela alegria aparente dos amigos não enganava a sensibilidade do menino: meu Pai voltara derrotado, sem o cargo de Prefeito; o Interventor Federal cancelara o Ato. Dera-lhe um cargo melhor em vencimentos, o de Presidente do Instituto de café de Pernambuco. Mas não era o cargo que ele desejava; não sei mesmo qual trocaria para ser Prefeito da sua terra. Acho que nenhum mesmo.

Nunca andou armado; nunca levantou a mão ou a voz para ninguém. Foi sempre humilde, mesmo no poder. Popular, nunca foi visto sem paletó ou gravata. Mantinha a mesma postura, tanto nas solenidades como nos carnavais, sempre junto à banda de música que criara. Cavalheiro e educado até nos momentos finais. Na verdade foi mais um administrador no melhor sentido de hoje, do que um coronel (como aliás era chamado) à moda antiga.

Anos depois (1969), já tendo sido deputado várias vezes e Secretário de Estado, resolvi disputar a Prefeitura de Garanhuns. Na opinião de uns, eu iria andar para trás; para outros iria descer. Somente eu sabia o que teria: além do desejo de servir, queria ser não o Prefeito que meu Pai fora: para tanto julgava-me incapaz, mas o Prefeito que ele não fora em 37; queria trocar pelo voto popular o ato de nomeação, tornando sem efeito. Só a alegria que senti poderia resgatar a tristeza que vi no rosto do meu Pai. Agora, posso imaginá-lo sorrindo a entrar no seu Centenário.

Senhor Presidente, Senhores Vereadores, Minhas Senhoras e Meus Senhores:

A família Euclides Dourado, agradece, comovida, esta empressiva homenagem à memória do seu Chefe, afirmando nesta oportunidade que o seu amor por Garanhuns, tantas e tantas vezes demonstrado, deixou marcas profundas nos seus filhos e netos, que saberão transmitir às novas gerações, de modo a podermos comemorar sempre juntos, a cidade e a família, novos centenários.

Muito Obrigado.

(Foto: Transmissão do Cargo de Prefeito de Luiz Souto Dourado para Amílcar da Mota Valença, em 31 de Janeiro de 1973, na Prefeitura Municipal de Garanhuns).