Saturday, April 7, 2012

DR. LUIS GUERRA


Jovem médico em 1922 começava o seu trabalho de clínico na cidade do Clima Maravilhoso, instalando-se na rua Santo Antônio.
O pobre ou o rico eram sempre recebidos com cordialidade, nunca questionando se o paciente tinha dinheiro ou não, a fim de efetuar o pagamento da consulta e até mesmo o tratamento.
Sempre, todo ano, o Dr. Guerra viajava ao sul do país e algumas vezes, ao exterior, procurando os centros médicos a fim de atualizar os seus conhecimentos profissionais. Numa de tais viagens esteve em Berlim, Alemanha, num centro cirúrgico, onde fez um curso de especialização. Durante algum tempo exerce o cargo de Diretor do Posto de Saúde da Secretária de Saúde de Pernambuco.
Em 1927, com Carneiro Leão, instala o Sanatório de Garanhuns, localizado junto ao Ginásio Diocesano.
Dr. Guerra sempre entusiasta do jogo bretão, ocupa a presidência do Sport Club, por algumas vezes, tendo colaborado na construção da sede social. Na sua gestão o rubro-negro projetou-se no gramado e no mundo social, no primeiro, com vitórias sensacionais nos campeonatos e, no segundo, os formidáveis bailes carnavalescos, festas caipiras, matinés domingueiras e as "horas de arte", programadas, mensalmente com o maestro Fernando Jouteux na batuta.
Na qualidade de Presidente ele não se descuidava de seus "players", dando assistência médica, sem ônus, inclusive aos familiares dos menos abastados.
O vírus da política também contamina o ilustre facultativo. Em 1947, Guerra fora eleito Prefeito do Município, tendo realizado, na sua administração, inúmeros trabalhos de interesse da coletividade. Com o espírito de caridade que primava em manter, não somente em sua atividade médica.
Por isso sendo bastante estimado na cidade serrana e arredores, em que raras eram as pessoas que não tinham recebido, de sua parte, um favor no campo de assistência médica, mais igualmente na Administração Municipal, dirigindo a edilidade com o coração, teve como resultado uma série de problemas administrativos. O administrador tem que ser como o "cactus", cheio de espinhos por fora, embora, na seca, queimados os espinhos, sirva para saciar a sede do gado.
Descendente da velha nobreza pernambucana que floresceu e aparou-se na civilização da cana de açucar, Dr. Luis Guerra detém o penacho daqueles fidalgos das casas grandes que não gostavam de mentir. Com ele era no duro: pão, pão, queijo, queijo. Ainda reza pela cartilha de Rousseau: Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
Era casado com D. Maria Luiza. Do casal dois filhos: Luís Pereira Guerra Filho e Maria Evangelina.(Fonte da pesquisa: livro "Os Aldeões de Garanhuns").

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