Wednesday, August 8, 2012

TIMBÓ FAZENDA ANTIGA ACOLHEDORA E AMIGA


Abel Paiva Ivo

A casa estava no chão,
A sombra de um tamboril,
A folhagem de um jasmim,
Quase entrando na cozinha,
O perfume que ele tinha,
Nem um outro jasmim tem.

Ainda lembro também,
Lá em baixo estava a fonte,
No outro lado era o monte,
A Serra da Caridade,
Também se via a Cidade,
Uma parte da rua da Areia.

E a Vila não é feia,
Timbosinho de seu Rosendo,
Parece até que estou vendo,
A humildade Vila que era,
A Igreja quase tapera,
Quem sabe, feita de barrote.

Por trás pastavam garrotes.
E tinha moitas de bambús,
Que acolhiam os anús,
Que acariciavam o gado,
Ao lado daquele cercado,
A fazenda cafeeira.

Pertencia a Padroeira
Aquela rica fazenda,
Todo dinheiro da renda,
Faziam a festa pra Santa,
A fé do povo era tanta,
Que a Santa enriquecia.

Ali na frente existia,
Lindas palmeiras, lendárias,
Talvez até centenária.
Do tempo da escravidão,
Suas flores forravam o chão,
Quando granavam os frutos.

Seus homens são resolutos,
Com atos que enobrecem,
Por isto mesmo merecem
Tudo o que pode ser dito.
Timbó fazenda antiga,
Acolhedora e amiga!

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